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Aug 01, 2023

'Feed the Hood' entrega refeições e kits de higiene para a alimentação de Oakland

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Hip-hop explodiu nos alto-falantes de um DJ em um estacionamento na 78th Avenue e Macarthur Boulevard na manhã de um sábado recente. A música pretendia energizar uma multidão de mais de 250 pessoas que se reuniram com um único propósito em mente: alimentar os desabrigados e inseguros em termos alimentares de Oakland.

O residente de East Oakland, Joe Schramm, chamou a cena de “belo caos”. Este foi o quarto ano de Schramm como voluntário no “Feed the Hood”.

“É uma ótima maneira de realmente sentir que você faz parte da comunidade”, disse ele. “É uma das grandes coisas de Oakland.”

Sábado passado marcou o 26º Feed the Hood - um evento trimestral organizado pelas organizações sem fins lucrativos com sede em Oakland, The East Oakland Collective and Community Kitchens. Os voluntários preparam almoços, lanches e kits de higiene e os distribuem em caravanas para as populações desabrigadas de Oakland.

O objetivo do evento é grandioso: preparar e distribuir 2.000 refeições em questão de horas. Mas é mais do que apenas um dia de trabalho. As pessoas que passam curiosamente chegam, algumas para comer, outras para se juntar aos grupos de pessoas dançando e conversando.

Este também foi o terceiro ano em que Feed the Hood foi dedicado a Shock G, o famoso rapper e membro do grupo Digital Underground de Oakland, falecido em 2021.

Além de ser o vocalista principal do Digital Underground, conhecido por singles de sucesso como “Same Song” e “The Humpty Dance”, Shock G é celebrado por seus entes queridos por seu compromisso com o serviço.

O Digital Underground fez parceria com o The Collective no Feed the Hood em 2021, e vários de seus membros, como o artista indicado ao Grammy de Oakland, Mystic, apareceram para fazer as malas e se misturar.

“O choque daria a você o casaco das costas, ele pegaria as pessoas que faziam parte de nossa comunidade desabrigada, conseguiria quartos de hotel para elas, levaria comida para elas”, disse Mystic. “Fazer Feed the Hood é realmente uma questão de honrar o legado do Shock por meio do serviço e também de honrar a continuidade de serviço que existe há muito tempo em Oakland.”

Community Kitchens, que trabalha com uma rede de restaurantes de propriedade do BIPOC para servir refeições quentes para Oaklanders com insegurança alimentar, tem feito parceria com The East Oakland Collective no Feed the Hood desde 2020. Este ano, eles trabalharam com dez restaurantes locais, incluindo o Etíope favorito Mela Bistro e Lena's Soul Food, de East Oakland. A sua declaração de missão, “refeições com dignidade”, garante que os indivíduos sem casa recebam a mesma comida que os seus restaurantes parceiros serviriam aos clientes. As Cozinhas Comunitárias pagam US$ 11 por cada refeição. No cardápio estão itens como bagre e couve, burritos, frango teriyaki, biscoitos caseiros com gotas de chocolate e muito mais.

“Com justiça alimentar, não se trata apenas de fornecer uma refeição”, disse Maria Alderete, diretora executiva e cofundadora da Community Kitchens. “Para nós é proporcionar uma refeição com dignidade. É uma refeição que nós mesmos comeríamos.”

As Cozinhas Comunitárias funcionam principalmente no leste e oeste de Oakland, onde as taxas de insegurança alimentar são mais altas do que em outras partes da cidade. Alderete observou que o bairro de Eastmont, onde está localizado o East Oakland Collective, tem o dobro da taxa de pobreza da média nacional e mais de 50% das famílias do bairro sofrem de insegurança alimentar.

Community Kitchens e The East Oakland Collective levam comida para os acampamentos, em vez de pedir às pessoas desabrigadas que viajem para obter uma refeição, em reconhecimento da dificuldade que as pessoas desabrigadas podem enfrentar com o transporte.

“Se você não tiver casa em East Oakland, terá que caminhar de três a cinco horas apenas para ter acesso à comida”, disse Alderete. Ela observou que o refeitório mais próximo, St. Vincent de Paul, está localizado em West Oakland. “O que estamos tentando fazer é levar a comida às pessoas onde elas estão, para que elas possam passar o tempo que de outra forma gastariam no acesso aos alimentos, ajudando a melhorar suas vidas.”